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N.º Edição


Infarmed integra nova Agência de Investigação Clínica
e Inovação Biomédica

A criação da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB) foi aprovada esta semana em Resolução de Conselho de Ministros, prevendo-se um aumento do investimento nesta área para 15 milhões de euros nos próximos cinco anos.

Este organismo, que terá sede no Porto, vem apoiar a investigação de translação e a investigação clínica, implementando um modelo de financiamento por entidades do setor público e do setor privado, devendo as contribuições do setor privado igualar ou superar as do setor público. O Infarmed e a Fundação para a Ciência e Tecnologia vão integrar a sua constituição e contribuir para a sua dotação patrimonial, através de transferências anuais de fundos.

O Infarmed vai participar no grupo de trabalho que vai estudar a criação da agência e propor medidas para o desenvolvimento e promoção da investigação no País. As propostas serão trabalhadas durante os próximos seis meses. Esta foi uma das medidas aprovadas num projeto mais amplo de afirmação de Portugal na Europa através do conhecimento e da inovação.


Quase nove mil doentes com hepatite C
ficaram curados em três anos

Mais de 15 mil doentes com hepatite C iniciaram tratamento nos últimos três anos. De acordo com dados do Portal da Hepatite C, gerido pelo Infarmed, até 14 de fevereiro foram autorizados 18929 tratamentos em todo o País, a maior parte dos quais a doentes do sexo masculino (73%) e, em média, têm entre 50 (homens) e 55 anos (mulheres).

Em relação aos resultados dos tratamentos, a taxa de cura mantém-se nos 97%, com 8870 doentes curados e apenas 305 não curados (ver site do Infarmed).

O número de doentes em fase precoce de tratamento está em crescimento, o que claramente beneficia o prognóstico e o aumento da qualidade de vida.


Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica
emite nova orientação sobre biossimilares

A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, órgão do Infarmed, emitiu esta semana uma nova orientação sobre a utilização de medicamentos biossimilares.

Tendo em atenção a evolução do conhecimento nesta área, nomeadamente sobre as implicações da troca entre medicamentos biológicos de referência e os seus biossimilares, a CNFT reviu o seu parecer.

No caso dos medicamentos etanercept, infliximab e rituximab, a CNFT considera que já existe evidência científica para considerar que a mudança para um biossimilar não vai acarretar perda de eficácia ou aumentar o risco de reações adversas. O processo de mudança deverá salvaguardar um conjunto de condições previstas nesta orientação.

Como a prescrição destes medicamentos em hospital é feita por denominação comum internacional, está garantido o controlo adequado do processo e o registo permanente dos medicamentos, marcas, lotes e esquemas terapêuticos de cada doente e patologia.


Laboratório Militar vai produzir
oito medicamentos

O Laboratório Militar vai iniciar a produção de oito medicamentos, de acordo com um despacho conjunto dos Ministérios da Saúde e da Defesa, que foi publicado hoje (16 de fevereiro). Esta lista foi identificada pelo Grupo de Trabalho criado em fevereiro de 2017, considerando que estavam reunidas as condições técnicas e científicas para a sua produção.

No prazo de 90 dias, o Laboratório Militar e o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, devem apresentar uma proposta com as alterações legislativas necessárias para permitir às Forças Armadas fazerem uso da sua capacidade produtiva.

O Exército, após emissão de parecer pelo Infarmed, deve apresentar um plano para a modernização das infraestruturas e com a identificação de fontes de financiamento, através de um modelo de negócio a apresentar no prazo de 120 dias.