Portugal e Espanha firmam acordo
de colaboração na área da saúde
Os ministros da Saúde de Portugal e Espanha, Adalberto Campos Fernandes e Dolors Monserrat, assinaram no dia 10 de julho, um acordo com o objetivo de reforçar a colaboração dos dois países na área da saúde.
Ambos os países pretendem reforçar as áreas de vigilância ambiental, epidemiológica, entomológica (estudo de insetos) e de investigação, por entenderem que haverá benefícios para os 60 milhões de cidadãos da Península Ibérica.
Adalberto Campos Fernandes sublinhou, após a reunião bilateral em Madrid, que "este acordo permite mais qualidade e segurança para os doentes. É também um caminho para a melhor sustentabilidade dos sistemas de saúde de Portugal e Espanha".
Com a preocupação do acesso do cidadão à inovação terapêutica foi também acordada a parceria nas àreas da avaliação e negociação de medicamentos.
Na área das compras centralizadas de medicamentos vai ter início um projeto-piloto, que servirá para desenhar um procedimento comum de compra e conhecer os que já existem em ambos os países.
Recomendada precaução na utilização de loperamida
A toma de doses elevadas de loperamida está associada à ocorrência de reações adversas graves do foro cardíaco. No seguimento de um alerta proveniente dos Estados Unidos, também a Agência Europeia do Medicamento, no âmbito do PRAC (Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância) analisou a informação disponível e recomendou a atualização da informação dos medicamentos que contenham esta substância.
A utilização de loperamida - que é uma substância antidiarreica - em quantidades superiores às recomendadas tem sido associada a tentativas de alívio de privação de opiáceos nos EUA. Em Portugal não foram notificados casos de abuso ou má utilização de loperamida.
Esta surge no âmbito do Boletim de Farmacovigilância de maio, que foi publicado no site pelo INFARMED, e que destaca ainda o curso em e-learning sobre reações adversas, no âmbito do projeto SCOPE (Strengthening Collaboration for Operating harmacovigilance in Europe).
Redistribuição do trabalho desempenhado
na Agência Europeia do Medicamento
O Conselho de Administração da Agência Europeia do Medicamento aprovou os princípios e uma metodologia de trabalho para realizar com sucesso uma (re)distribuição da carga de trabalho relacionada com a avaliação e monitorização de medicamentos, de forma a garantir a alta qualidade das avaliações científicas e o cumprimento dos prazos legais. O Conselho aprovou os mandatos de dois grupos de trabalho, um centrado em medicamentos humanos e outro sobre medicamentos veterinários, que explorará opções para uma alocação robusta da carga de trabalho em toda a rede, bem como formas de agilizar o trabalho e aumentar a capacidade da rede.
Portugal, através do Infarmed, irá reforçar a sua posição no seguimento daquilo que tem sido um trabalho de excelência reconhecido internacionalmente.
Atualização Indicadores Benchmarking Farmácia Hospitalar
O Infarmed atualizou a informação relativa aos indicadores de utilização de medicamentos em ambiente hospitalar.
Cerca de um terço (mais exatamente 34%) dos medicamentos adquiridos pelos hospitais são biossimilares, no universo dos medicamentos com biossimilares disponíveis (mercado concorrencial).
Poderá consultar este e outros indicadores de utilização de medicamentos pelos hospitais na área de benchmarking do medicamento hospitalar:
- Antibióticos (até maio de 2017)
- Biossimilares (até abril de 2017)
- VIH/SIDA (1.º trimestre de 2017)
- Encargos com medicamentos (até maio de 2017)
Novas regras da UE sobre o uso de
Metilisotiazolinona em produtos cosméticos
A partir de 27 de janeiro de 2018, as regras da Comissão Europeia exigem que os fabricantes reduzam a concentração de “Methylisothiaziolinone” em produtos cosméticos enxaguáveis, podendo os produtos cosméticos colocados no mercado em data anterior, ser comercializados até 26 de abril de 2018.
Além disso, os produtos cosméticos enxaguáveis que contenham uma mistura de conservantes “Methylchloroisotiazolinone (and) Methylisothiazolinone” não podem incluir adicionalmente na lista de ingredientes “Methylisothiaziolinone” isolada, no mesmo produto, uma vez que alteraria a proporção de 3:1 autorizada para a mistura.
A utilização de “Methylisothiaziolinone” como conservante de produtos cosméticos enxaguáveis, na concentração de 15 ppm, é considerada segura para o consumidor no que se refere à indução de alergias por contacto, tal como foi confirmado pelo Comité Científico para a Segurança do Consumidor (“SCCS”).
Exemplos de produtos cosméticos que poderão conter esta substância são os champôs, gel de banho, produtos para limpar a pele, produtos de barbear entre outros, desde que sejam enxaguáveis.