Candidatura de Portugal à
Agência Europeia do Medicamento
Foi formalmente entregue, pelo primeiro-ministro português António Costa, ao Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a candidatura de Portugal à Agência Europeia do Medicamento.
A candidatura portuguesa refere questões como a excelente localização geográfica, boas acessibilidades, excelente capacidade hoteleira, infraestruturas de transporte, comunicação, educação de nível e perfil internacionais e habitação, condizentes com os mais elevados padrões de vida europeus, a par de um contexto económico competitivo.
As questões técnicas e científicas são outras das qualidades apresentadas na candidatura portuguesa. De salientar que o Infarmed ocupa um lugar de destaque no âmbito dos procedimentos de avaliação de medicamentos, assim como, na coordenação de alguns dos comités e grupos de trabalho da Agência Europeia de Medicamentos, revelando assim um claro compromisso com o projeto europeu.
Aguarda-se que a Comissão Europeia defina os critérios de relocalização da Agência, de forma a apurar a melhor candidatura dos mais de vinte países concorrentes.
Autoridades Europeias do Medicamento
discutem consequências do Brexit
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e os líderes das Autoridades Nacionais do Medicamento do espaço europeu, estiveram reunidos para discutir as implicações da saída do Reino Unido da União Europeia, relativamente à distribuição do trabalho relacionado com a avaliação de medicamentos e outras questões técnicas.
Em comunicado, a EMA esclarece que, apesar das negociações sobre o Brexit ainda não terem começado oficialmente, a discussão terá como base a saída do Reino Unido da União Europeia, deixando assim de participar nos trabalhos da EMA e do sistema europeu de regulamentação dos medicamentos a partir de 30 de março de 2019.
Assim sendo, o trabalho dos comités científicos e grupos de trabalho, desempenhado até agora pelo Reino Unido, relativamente a questões sobre avaliação de medicamentos e outras questões técnicas, será agora redistribuído pelas agências nacionais europeias, sendo que Portugal, através do Infarmed, irá reforçar a sua posição no seguimento daquilo que tem sido um trabalho de excelência reconhecido internacionalmente.
Módulo de e-learning promove notificação
de Reações Adversas
De acordo com uma pesquisa recente, conduzida pelo projeto SCOPE (Strengthening Collaboration for Operating Pharmacovigilance in Europe - http://www.scopejointaction.eu), não existem facilmente disponíveis materiais educacionais sobre notificação de Reações Adversas a Medicamentos (RAM).
Para colmatar esta lacuna foi desenvolvido um módulo de e-learning, disponível em http://www.scopejointaction.eu, com o objetivo de apoiar os profissionais de saúde na obtenção de informação e orientações claras sobre a notificação de RAM com a possibilidade de realização de casos práticos. O presente curso permitirá ainda aos profissionais de saúde compreender o impacto que as suas notificações têm na avaliação da segurança dos medicamentos, através do Sistema Nacional de Farmacovigilância.
A notificação espontânea de RAM é um dos mecanismos para melhorar o conhecimento sobre os medicamentos, promovendo a sua utilização mais segura. Os profissionais de saúde e os próprios doentes ou cuidadores, podem contribuir ativamente para este conhecimento notificando suspeitas de reações adversas a medicamentos de forma rápida e fácil através do Portal RAM, disponível no site do Infarmed.
Utilização de biossimilares, antidiabéticos e antibióticos
analisado em reunião com os hospitais
O Infarmed esteve presente na última reunião de acompanhamento da atividade dos hospitais, que decorreu no dia 28 de abril. Para além do Infarmed, estiveram presentes a Administração Central do Sistema de Saúde, que organizou a reunião, os hospitais e Unidades Locais de Saúde, as Administrações Regionais de Saúde, a Direção-Geral da Saúde e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
A evolução do uso de medicamentos hospitalares, entre os quais biossimilares e os utilizados no tratamento da infeção VIH/sida, da diabetes ou das infeções, foram analisadas pelo coordenador nacional para a estratégia nacional do medicamento e produtos de saúde, Henrique Luz Rodrigues. Uma evolução positiva foi a subida da quota de biossimilares, que no caso do infliximab passou de 13% para 24% em 2016, face ao ano anterior.
A reunião de trabalho, em que esteve presente o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, teve como objetivo analisar o desempenho assistencial e económico-financeiro das instituições do SNS, valorizando os resultados positivos que foram alcançados no primeiro trimestre deste ano.