Comissões de farmácia reforçam competências e trabalho em conjunto
As competências das Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT) vão ser reforçadas para que tenham uma maior intervenção no tratamento dos doentes. O novo regulamento das comissões foi um dos temas discutidos no dia 12 no Infarmed, onde estiveram mais de 50 CFT integradas nos hospitais e nas Administrações Regionais de Saúde.
As comissões vão passar a reunir-se com regularidade no Infarmed, de forma a encontrar soluções para problemas comuns, como o acesso aos medicamentos inovadores, a monitorização e resultado dos tratamentos ou a necessidade de discussão entre pares.
Na sessão, o ministro Adalberto Campos Fernandes destacou o papel das CFT na segurança e na qualidade, bem como a publicação de dados comparáveis entre unidades, por responsabilizarem e melhorarem o sistema.
A aposta nos biossimilares, com taxas de utilização expressivas em algumas unidades, e as diferenças nos custos de tratamento são dados disponíveis que ajudarão a tornar o SNS mais eficiente.
Alentejo tem a maior quota de genéricos
A região do Alentejo registou a maior quota de medicamentos genéricos de Portugal, com um valor de 48,7%. Por oposição, o Algarve apresentou a menor quota, com 42,8%. Os dados relativos a dezembro de 2015 revelam uma quota global de genéricos em Portugal continental de 47%.
Apesar de a maior parte do país superar os 45%, verificam-se assimetrias regionais relativamente ao consumo de genéricos. A nível dos distritos, Évora é o distrito que apresenta a quota mais elevada, com 49,5%, enquanto Faro apresenta a menor percentagem com um valor de 42,8%.
Estas diferenças também se verificam entre concelhos do mesmo distrito. Por exemplo, no distrito de Faro, o concelho de Albufeira apresenta um valor de 38,5% enquanto Monchique atinge os 53,2%.
Para consultar a quota de genéricos em Portugal consulte o nosso mapa interativo.
Medicação para o VIH/sida passa a estar disponível na farmácia
Mais de duas centenas de farmacêuticos vão ter formação no âmbito do projeto piloto de dispensa de medicamentos para o VIH/sida nas farmácias comunitárias, que vai agora arrancar e que foi anunciado numa sessão com o ministro da Saúde.
O projeto envolve a Associação Nacional das Farmácias, a Associação de Farmácias de Portugal, o Infarmed, a Ordem dos Farmacêuticos e o Centro Hospitalar de Lisboa Central.
O estudo vai abranger perto de 700 doentes estabilizados do Hospital Curry Cabral, que irão aderir de forma voluntária, divididos em dois grupos: um deles continuará a levantar a medicação no Hospital enquanto o outro passará a escolher a farmácia comunitária da sua conveniência para a ir buscar.
Caso o projeto seja bem-sucedido, com evidência da maior facilidade do acesso e da comodidade sem comprometer os resultados terapêuticos, será alargado a todo o País em 2017.
Portugal e Espanha estudam estratégias comuns para o valor económico do medicamento
O Conselho Diretivo do Infarmed esteve reunido com Agustín Rivero Cuadrado, Diretor Geral de Farmácia, e com outros peritos ligados ao Ministério da Saúde do país vizinho. O encontro de 14 de julho, que irá repetir-se em breve, serviu de base para os dois países trocarem informações no que respeita à estratégia na área do medicamento e aos desafios atuais, como o acesso a medicamentos inovadores.
Nesta reunião, em que estiveram presentes membros da Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde (CATS) e da Direção de Avaliação das Tecnologias de Saúde (DATS), do Infarmed, ficou expressa uma vontade mútua de criar condições para a partilha de metodologias relativas às compras, que poderá ser alargada posteriormente a outros países, garantindo o acesso por parte dos cidadãos de cada um dos países à verdadeira inovação a melhores preços.
Os países abordaram ainda prioridades, como a necessidade de aceder a resultados de tratamento dos doentes em áreas essenciais, registos de doentes e resultados de custo-efetividade e de reavaliação de medicamentos, como a que está a decorrer atualmente em Portugal, na área da diabetes.