Vários países europeus defendem transparência
nos preços dos medicamentos
Ministros da Saúde de vários países europeus defendem que é necessário haver mais transparência na definição dos preços dos medicamentos e definir que custos devem refletir-se no seu valor final. Esta foi uma das conclusões da mesa-redonda que uniu ministros de sete países europeus e que teve como anfitrião o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes.
A reunião, que teve a participação do conselho diretivo do Infarmed, envolveu ainda representantes e associações da indústria farmacêutica e dos doentes, que desenvolveram um diálogo construtivo em nome da sustentabilidade dos sistemas de saúde e do acesso aos melhores tratamentos para os cidadãos europeus.
O acesso, a segurança, a definição dos preços e do valor terapêutico acrescentado dos medicamentos foram temas debatidos. Foi também salientada a necessidade de melhores registos e partilha de evidência entre os vários países da União Europeia.
Na sequência desta mesa redonda irá ser constituído um grupo de alto nível para continuar a desenvolver a aprofundar estas questões, tendo em vista uma próxima mesa redonda.
Unidade de Farmacovigilância do Algarve e Alentejo
foi inaugurada no dia 12
O secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado inaugurou ontem, dia 12 de dezembro, a Unidade de Farmacovigilância do Algarve e Alentejo. A sessão, em que esteve presente o presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, Henrique Luz Rodrigues, decorreu nas instalações da Universidade do Algarve.
A rede de unidades de farmacovigilância, que era constituída por quatro, vai duplicar, prevendo-se também uma unidade na responsabilidade do Infarmed. A Unidade do Algarve e do Alentejo irá ser responsável por quatro distritos - Faro, Évora, Beja e Portalegre - correspondendo a uma população de quase 890 mil habitantes e 9 400 profissionais de saúde.
A existência de uma rede mais ampla permitirá o reforço da monitorização da segurança dos fármacos, em particular dos mais recentes, e ainda a realização de investigação nas áreas da farmacovigilância e farmacoepidemiologia.
Durante a sessão foi destacada a importância deste tipo de parcerias entre o Ministério da Saúde, as universidades e as instituições de saúde na promoção da proximidade com quem notifica as reações adversas, aumentando a proatividade e o robustecimento do Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF).
Conselho Consultivo do Infarmed
Reúne-se no dia 14 de dezembro
O Conselho Consultivo do Infarmed vai reunir-se na próxima quarta-feira, dia 14 de dezembro, com o objetivo de apresentar e discutir a proposta de Plano de Atividades do organismo para o próximo ano.
A reunião, que contará com a presença do conselho diretivo, terá ainda a participação de representantes de vários organismos do setor da saúde, como as Administrações Regionais de Saúde, as ordens profissionais, as associações de setor ou ainda representantes dos doentes e dos consumidores.
Além da discussão do plano de atividades, serão ainda designados novos membros para a Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde (CATS), que contava já com cerca de uma centena de profissionais e peritos em vários áreas de especialidade, desde médicos, economistas e farmacêuticos.
Modelo–piloto de acesso precoce
a medicamentos avaliado em workshop europeu
A Agência Europeia do Medicamentos e a Comissão Europeia promoveram, no dia 8 de dezembro, um workshop que teve o objetivo de analisar e desenvolver um modelo de acesso precoce a medicamentos que está em fase piloto. O modelo das “adaptative pathways” apenas se destina a situações em que há necessidades clínicas por satisfazer e quando os medicamentos têm um elevado impacto terapêutico.
A discussão sobre o modelo, que contou com a presença do conselho diretivo do Infarmed, envolveu cerca de 200 representantes dos parceiros neste setor, nomeadamente da indústria, organismos reguladores e financiadores europeus, associações profissionais e de doentes, entre outros, que fizeram um ponto de situação do projeto-piloto entre 2014 e 2016.
Os participantes concluíram ser necessária uma maior recolha de dados para dar resposta às necessidades dos reguladores e dos avaliadores de tecnologias de saúde, melhorando os processos e dando acesso mais precoce aos medicamentos.
Outro ponto de discussão foi o acesso a dados do mundo real, enquanto informação que pode complementar, e em determinados casos substituir, os resultados dos ensaios clínicos.