Mais doentes tratados com medicamentos para a acidez gástrica
Há mais doentes em tratamento com medicamentos anti-ulcerosos. Os inibidores da bomba de protões (IBP) visam a redução da acidez do estômago, tendo sido adquiridas 6,8 milhões de embalagens em 2015. Isto significa que o consumo mais do que duplicou (120%) desde 2006.
O aumento de consumo está a ser analisado devido a um eventual uso excessivo. Recorde-se que, a longo prazo, estes medicamentos comportam efeitos adversos como infeções pulmonares ou a redução da absorção de cálcio. Alguns doentes podem controlar estes problemas com alteração do estilo de vida e com recurso a outros medicamentos com menos efeitos adversos, sempre na sequência de aconselhamento médico.
As duas substâncias mais utilizadas em Portugal em 2015 (omeprazol e pantoprazol) correspondem igualmente às que têm mais baixo custo de tratamento para o utente.
De acordo com a norma da Direção-Geral da Saúde, não existe evidência clínica de superioridade entre os diferentes medicamentos IBP em doses equivalentes. Por esse motivo, o critério que deve prevalecer na seleção é o seu custo.
Quanto aos encargos do SNS, apenas em 2010 houve uma inversão na tendência de subida, na sequência da redução do preço dos medicamentos genéricos do omeprazol em 35%. Os encargos para o SNS passaram de 133 milhões para 45 milhões de euros entre 2010 e 2011.
Ministro da Saúde em diálogo com os profissionais do Infarmed
O O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, visitou o Infarmed no dia 30 de agosto, tendo estado reunido com o Conselho Diretivo e com os diretores dos vários departamentos..
À semelhança de outras visitas que já efetuou a entidades do Ministério da Saúde, este encontro destinou-se a conhecer e a ouvir os profissionais, que falaram sobre as suas atividades – e das suas equipas - e sobre as metas do Infarmed.
Além do apoio que demonstrou, Adalberto Campos Fernandes aproveitou para reforçar quais são as prioridades do Governo nesta área, como o acesso ao tratamento, o rigor na avaliação, a solidez nas medidas tomadas e a transparência na informação de acesso ao público.
A “desmaterialização no Infarmed” foi uma das medidas que destacou, considerando ser uma meta possível para o organismo regulador. Depois da emblemática desmaterialização da receita, existem já outras atividades em curso para reduzir o uso do papel àquilo que é indispensável. É o caso do licenciamento das farmácias ou dos ensaios clínicos online.
Acesso a tratamentos a um preço justo e com resultados em saúde
O Infarmed tem garantido o acesso aos melhores tratamentos a um preço justo e com base em resultados em saúde. Foi sobre o equilíbrio entre genéricos e inovação que o presidente do Infarmed, Henrique Luz Rodrigues, elaborou um artigo de opinião publicado no jornal Público, no dia 24 de agosto.
No texto, refere-se às centenas de moléculas que estão em estudo e em avaliação atualmente, havendo necessidade de distinguir a inovação disruptiva da mera novidade. E que cabe aos peritos – reforçados recentemente – fazer essa triagem. Uma avaliação a que não deve ser estranha a aposta em genéricos e nos biossimilares. “Mais genéricos e mais biossimilares permitem poupar recursos para a inovação que queremos.”
Por fim, salienta a importância da aposta em parcerias sólidas com a indústria, farmácias, profissionais de saúde e até com os utentes, a quem foi também dirigida a recente campanha a promover a utilização medicamentos genéricos.
Henrique Luz Rodrigues integra Comissão para o Registo Nacional de Estudos Clínicos
O presidente do Infarmed, Henrique Luz Rodrigues, passou a integrar a Comissão Coordenadora responsável do Registo Nacional de Estudos Clínicos (RNEC). Segundo o despacho do Ministro da Saúde, publicado no dia 1 de agosto em Diário da República, a Comissão Coordenadora RNEC é composta agora pelo atual presidente do Infarmed, na sequência da cessação do mandato do anterior representante do organismo.
A comissão integra ainda Fernando Almeida, o presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, e Alexandre Quintanilha, que preside à Comissão de Ética para a Investigação Clínica.
O RNEC é uma plataforma eletrónica que visa o registo e a divulgação dos estudos clínicos. Pretende-se que venha a facilitar e a incentivar o desenvolvimento de investigação de qualidade. A divulgação de dados e resultados da investigação desenvolvida é outros dos objetivos desta plataforma, seja para os profissionais, investigadores ou para o público em geral.